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O número de casos de obesidade vem aumentando todos os anos, tendo duplicado desde 1980.
Anualmente, mais de 3 milhões de pacientes morrem por serem obesos. A obesidade aumenta o risco de outras patologias que ameaçam a vida, contribuindo para 78% dos casos de diabetes tipo 2, 50% dos casos de hipertensão e 33% dos casos de aterosclerose e acidente vascular cerebral (AVC).
São complicações comuns da obesidade a diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, a dislipidemia o (colesterol e/ou triglicerídeos elevados), o síndrome metabólico, as doenças cardiovasculares (a doença coronária e a doença vascular cerebral), a doença do refluxo gastro-esofágico (azia), a depressão, a enxaqueca, as doenças osteoarticulares (problemas nos ossos e articulações), a asma, a apneia de sono e a incontinência urinária.
Alguns estudos mostram a diminuição de uma década, na esperança de vida. Isto deve-se às consequências fatais das doenças cardíacas e da diabetes, que estão relacionadas com a obesidade. Por outro lado, a obesidade está também associada a vários tipos de cancro (como, por exemplo, endométrio, mama, cólon, rim, entre outros).
A cirurgia de obesidade reduz até 66% de peso em excesso. Na atualidade, as 2 principais cirurgias de obesidade, e as mais frequentemente realizadas, são o bypass gástrico e a gastrectomia vertical ou sleeve gástrico. São 2 cirurgias com resultados muito idênticos (no bypass gástrico a perda do excesso de peso pode chegar até aos 80% e no sleeve gástrico varia entre os 60 e 70%). No entanto, podem ter indicações e contra-indicações diferentes.
É normal o aumento de algum peso a longo prazo, mas apenas uma pequena percentagem o reganha de forma significativa. No entanto, não nos podemos esquecer de que estamos a falar de um problema crónico e que alteramos drasticamente o rumo da doença. Mesmo com algum ganho de peso, os pacientes têm melhor qualidade de vida, menos problemas médicos e pesam menos do que sem a cirurgia.
A cirurgia bariátrica é comprovadamente uma cirurgia segura e eficaz, com uma taxa de mortalidade inferior a 0,2%, bastante mais baixa do que a maioria das cirurgias que são realizadas hoje em dia. Todas as cirurgias são realizadas por abordagem minimamente invasiva (por laparoscopia, pequenas incisões com 5 ou 10mm). A taxa de complicações é inferior a 5% e o tempo de internamento médio é de 3 dias após a cirurgia.
Estas cirurgias obrigam a suplementação vitamínica, mas não são cirurgias mal absortivas, que podem provocar sérios problemas nutricionais. Os pacientes continuam a absorver todas as calorias e proteínas que ingerem, embora passem a ter uma dieta mais saudável e em menor quantidade.
A expressiva maioria dos indivíduos com diabetes tipo 2 (cerca de 90%) são obesos ou têm excesso de peso. O risco de diabetes aumenta com a sua obesidade.
A diabetes pode causar graves problemas de saúde, incluindo a doença coronária (enfarte agudo do miocárdio e angina de peito), o acidente vascular cerebral (AVC), a retinopatia (problemas visuais), a nefropatia (problemas renais), a hipertensão, amputações, entre outras complicações .
Um estudo com 22 mil doentes demonstrou que a cirurgia bariátrica teve um impacto positivo nas doenças relacionadas com a obesidade. A cirurgia resultou na cura (remissão) de 78% dos casos de diabetes tipo 2, o colesterol alto foi resolvido ou melhorado em 70% dos pacientes e a hipertensão arterial foi resolvida em 62% dos casos.
Tal como noutras patologias crónicas, como a doença cardíaca ou o cancro, quanto mais cedo se tratar a obesidade e as suas consequências metabólicas, melhor serão os resultados obtidos.
Se for tratada numa fase precoce, a perda de peso torna-se mais fácil, a taxa de remissão das diabetes é maior e ganham-se anos de vida.
Esta é comprovadamente uma cirurgia com ótima relação custo-benefício e uma excelente opção para tratar uma doença potencialmente fatal, a obesidade.