… aproximadamente 30% da população mundial tem excesso de peso ou obesidade?
O número de casos de obesidade vem aumentando todos os anos, tendo duplicado desde 1980.
… por ser obeso, tem um risco acrescido de doenças responsáveis por 4 mortes em 5 na Europa?
Anualmente, mais de 3 milhões de pacientes morrem por serem obesos. A obesidade aumenta o risco de outras patologias que ameaçam a vida, contribuindo para 78% dos casos de diabetes tipo 2, 50% dos casos de hipertensão e 33% dos casos de aterosclerose e acidente vascular cerebral (AVC).
São complicações comuns da obesidade a diabetes tipo 2, a hipertensão arterial, a dislipidemia o (colesterol e/ou triglicerídeos elevados), o síndrome metabólico, as doenças cardiovasculares (a doença coronária e a doença vascular cerebral), a doença do refluxo gastro-esofágico (azia), a depressão, a enxaqueca, as doenças osteoarticulares (problemas nos ossos e articulações), a asma, a apneia de sono e a incontinência urinária.
… as pessoas obesas morrem mais cedo?
Alguns estudos mostram a diminuição de uma década, na esperança de vida. Isto deve-se às consequências fatais das doenças cardíacas e da diabetes, que estão relacionadas com a obesidade. Por outro lado, a obesidade está também associada a vários tipos de cancro (como, por exemplo, endométrio, mama, cólon, rim, entre outros).
… a cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz e duradouro da obesidade?
A cirurgia de obesidade reduz até 66% de peso em excesso. Na atualidade, as 2 principais cirurgias de obesidade, e as mais frequentemente realizadas, são o bypass gástrico e a gastrectomia vertical ou sleeve gástrico. São 2 cirurgias com resultados muito idênticos (no bypass gástrico a perda do excesso de peso pode chegar até aos 80% e no sleeve gástrico varia entre os 60 e 70%). No entanto, podem ter indicações e contra-indicações diferentes.
É normal o aumento de algum peso a longo prazo, mas apenas uma pequena percentagem o reganha de forma significativa. No entanto, não nos podemos esquecer de que estamos a falar de um problema crónico e que alteramos drasticamente o rumo da doença. Mesmo com algum ganho de peso, os pacientes têm melhor qualidade de vida, menos problemas médicos e pesam menos do que sem a cirurgia.