A Casa de Saúde da Boavista é a primeira unidade de saúde privada a implantar no norte do país uma válvula aórtica através de pequena incisão de poucos milímetros na virilha e sem recurso a cirurgia cardíaca.

Depois de terem feito há cerca de um ano atrás o primeiro implante de válvula aórtica sem suturas por mini-esternotomia, uma equipa multidisciplinar liderada por cardiologistas de intervenção e cirurgiões cardíacos da CSB e SMIC, colocaram no passado dia 26 de Outubro, num doente de 84 anos e de elevado risco cirúrgico, a primeira prótese valvular aórtica por meio dum cateterismo, evitando assim a realização da cirurgia. O doente realizou esta intervenção sob sedação e sem necessidade de anestesia geral.

O Implante Percutâneo da Válvula Aórtica (TAVI, transaortic valve implant) veio revolucionar a abordagem da estenose aórtica, ao proporcionar a substituição não cirúrgica da válvula em doentes com doença grave inoperável ou que apresentavam um risco muito elevado para a cirurgia de coração aberto. Este novo tratamento consiste, tal como o nome indica, na implantação percutânea (geralmente através de pequena incisão de poucos milímetros na virilha) de uma prótese valvular biológica expansível. Esta técnica exige um conjunto de equipamentos que não está presente na maioria das unidades de saúde, fazendo com que grande parte dos doentes que necessitam e beneficiariam com esta intervenção, fiquem vetados desta oportunidade.

A Casa de Saúde da Boavista e o SMIC inauguraram recentemente uma sala de hemodinâmica de características híbridas (a primeira no norte do País) onde é possível realizar todo o tipo de intervenções cardíacas e vasculares em condições de bloco operatório. As condições que esta nova sala de hemodinâmica híbrida proporciona, conjuntamente com uma equipa de médica com ampla experiência na realização de intervenções cardiovasculares complexas (mais de 1500 intervenções na Casa de Saúde da Boavista) constitui um marco na medicina privada e uma enorme mais valia para a população do norte do País.