Cirurgia de glândulas salivares sob anestesia geral
Perguntas frequentes
Qual o tipo de anestesia realizada?
O tipo de anestesia é ponderado tendo em conta a cirurgia a realizar e o doente que a ela vai ser submetido. Vantagens e desvantagens da opção a tomar são discutidas em consulta pré-operatória e a decisão tem em conta o risco-beneficio associado. Todas as cirurgias à glândula parótida e a quase totalidade das cirurgias à glândula submandibular são realizadas sob anestesia geral. Nas cirurgias à glândula sublingual, a opção anestésica (anestesia geral vs anestesia local) é mais variável.
Qual o regime da intervenção?
As cirurgias decorrem em regime de internamento ou de ambulatório. A quase totalidade das cirurgias às glândulas salivares é realizada em regime de ambulatório. Tal significa que a alta do hospital ocorre até 24 horas após a cirurgia realizada. Assim, tendo a cirurgia e a recuperação pós-operatória decorrido como previsto, sem complicações, a alta ocorre no mesmo dia ou na manhã do dia seguinte.
Quais os cuidados antes da cirurgia?
Indicações acerca de exames, medicação e jejum são explicadas verbalmente pelo médico cirurgião na consulta pré-operatória e reforçadas através de e-mail. Exames realizados, dispositivos de uso regular (ex: aparelhos de ventilação não invasiva), lista com os problemas de saúde (incluindo alergias) e a medicação que faz (e que deve manter, salvo indicação em contrário) devem ser levados. O jejum deve ser respeitado (ex: alimentos sólidos 6 a 8 horas, água 1 hora) e, caso tenha de tomar qualquer medicação no dia da cirurgia, deve fazê-lo com o mínimo de água até 1 a 2 horas antes, conforme combinado com o médico cirurgião ou anestesiologista.
Qual a preparação da equipa?
Toda a informação relevante acerca dos antecedentes médicos pessoais e familiares bem como do estado de saúde deve ser partilhada numa relação de confiança e confidencialidade, pois é relevante para a ponderação do risco anestésico e cirúrgico. Para além das consultas pré-operatorias com o médico cirurgião, a necessidade de avaliação pelo anestesiologista (em consulta prévia ou apenas no dia da cirurgia) é ponderada caso a caso. A informação relevante do estado de saúde e dos detalhes da cirurgia é partilhada por toda a equipa de modo a assegurar segurança e qualidade da intervenção.
Quais os cuidados durante a cirurgia?
Esta é parte que reúne a principal vantagem para o doente de uma cirurgia realizada sob anestesia geral: estando a dormir, não se apercebe da operação a que está a ser submetido. Durante a intervenção, o doente está sob cuidados de vigilância e manutenção das funções orgânicas por parte do anestesiologista da equipa. O nível de monitorização das funções vitais é realizado de modo contínuo e permanente e é administrada medicação para analgesia, anestesia, segurança e conforto peri-operatórios.
Qual a duração da cirurgia?
É variável, de acordo com o problema de base, a complexidade da intervenção e eventuais intercorrências intra-operatórias. É dada uma previsão aproximada da operação de acordo com a ponderação do caso em concreto e a experiência clínica acumulada em cirurgias semelhantes já realizadas. Para o doente, o tempo decorrido entre o início e o fim da anestesia não existe, bem como qualquer memória deste evento, pois está sob o efeito protector e seguro da anestesia geral e os cuidados do anestesiologista.
Quais os cuidados depois da cirurgia?
Tal como os cuidados pré-operatórios, os cuidados após a cirurgia são explicados na consulta com o médico cirurgião e são listados em e-mail enviado antes da cirurgia. Sendo a grande maioria das cirurgias realizadas por via intra-oral, dois dos cuidados a valorizar são o ajuste dos hábitos alimentares (com a adopção de uma dieta mole/pastosa/liquida e fria) e o reforço da higiene oral (através de uma escovagem de dentes, gengivas e língua após as refeições, complementada com a utilização de um colutório anti-séptico).
Qual a duração da recuperação?
É variável, de acordo com a especificidade, o tempo e o decurso da intervenção, bem como com a gravidade do problema de base, a capacidade de resposta do organismo e o cumprimento dos cuidados pelo doente. O recurso a técnicas minimamente invasivas, menos agressivas para o organismo, diminui este tempo. O início da recuperação começa após o fim da anestesia, na sala de recobro do bloco operatório, onde fica em vigilância e acompanhamento; e depois continua no quarto da enfermaria até à alta.
Qual o seguimento (follow up)?
O acompanhamento imediato faz-se através do contacto com o médico cirurgião um ou dois dias após a cirurgia. É realizada uma avaliação sumária, reforçam-se e/ou ajustam-se as recomendações e esclarecem-se eventuais dúvidas. Todos os doentes têm pelo menos uma consulta pós-operatória, dentro de uma semana, duas semanas ou um mês (variável de acordo com diversos aspectos). É uma avaliação presencial onde se aborda a próxima etapa da recuperação e tratamento ou, alternativamente, é dada a alta.
Gostou do artigo?
Uma compilação mensal dos artigos publicados no nosso site, para que não lhe escape nada.