A cirurgia bariátrica reduz o risco de morte por outras causas.
Após uma cirurgia bariátrica, as doenças associadas à obesidade têm uma elevada probabilidade de ser controladas ou revertidas (~80%). Além disso, o risco de morte é reduzido (até menos 90%).
A mortalidade específica também diminui significativamente para doenças como o cancro (redução de 60%) diabetes (90%) e doença cardíaca (50%). Estudos recentes, demonstram que após a cirurgia, a incidência de cancros hormono-dependentes (mama, endométrio e próstata) é reduzida para menos de metade e o risco de progressão para diabetes mellitus é reduzido em cerca de 90%.
A obesidade é uma doença e não uma opção ou um estilo de vida.
É importante perceber que não está sozinho. Mais de metade da população portuguesa tem excesso de peso e cerca de 15% são obesos. O excesso de peso é o principal factor associado à perda de anos de vida saudável em Portugal e um doente obeso tem um risco de morte cerca de 2x superior a uma pessoa com peso normal.
A obesidade é uma doença e não uma opção ou um estilo de vida. Está associada a outras doenças em praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo humano: diabetes, hipertensão arterial, dislipidemia (alterações no colesterol e triglicerídeos), doença cardíaca, doença vascular cerebral, diversos tipos de cancro, apneia do sono, litíase vesicular (pedra na vesícula), doença de refluxo (azia), osteoartrite, esteatose hepática (fígado gordo), infertilidade, disfunção sexual, depressão e isolamento social.
É a doença mais importante do século XXI, estando associada a cerca de 20% de todas as mortes a mais de 10% de todos os gastos em saúde. A medicina continua a procurar soluções para a epidemia global da obesidade e todas as semanas surgem novos tratamentos “revolucionários”. Infelizmente a maioria destes tratamentos não é capaz de produzir perdas de peso substanciais e duradouras.
A cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz, seguro e duradouro para a obesidade severa, não havendo verdadeiras alternativas terapêuticas.