
MORADA
Entrada Principal
Rua Domingos Machado, 186
4250-201 Porto
CONSULTA EXTERNA
Rua Pedro Hispano, 923
CSB360º – NEWSLETTER CSB
LIVRO DE RECLAMAÇÕES ELETRÓNICO
Nº de Inscrição ERS 14044
ERS Número de Registo do Estabelecimento E106530
PARTE I
No IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17 (Faculdade das Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), da responsabilidade de Casimiro Balsa, Clara Vital e Cláudia Urbano, verifica-se que a grande maioria da população em Portugal, em geral, é abstinente do consumo de substâncias psicoativas ilícitas (90% no que diz respeito a qualquer substância ilícita, chegando aos 99,8% no que diz respeito aos cogumelos alucinogénios e novas substâncias psicoativas). No caso dos medicamentos, a percentagem de abstinentes cai para os 87,5%. No caso do tabaco, a abstinência ocorre em cerca de metade da população; relativamente ao álcool, apenas 13% da população não consome, verificando-se a maior percentagem de consumidores correntes – 48% e de consumidores recentes – 10%.
De todas as substâncias, é o tabaco aquela que é mais vezes consumida, com uma frequência diária (mais de 90% dos consumidores). Seguem-se a ele, na ordem de um consumo mais frequente, os medicamentos e, depois, o álcool. Ao nível do álcool, no entanto, e nos consumos nos últimos 12 meses, verifica-se a situação de maior heterogeneidade da medida das frequências de consumo. De entre as substâncias ilícitas, a cannabis é a que apresenta um maior número de declarações de consumo com uma frequência mais regular.
Se observarmos alguns dados, encontramos números que possibilitam alguma reflexão, apesar de muito rapidamente, deixarmos de pensar neles. Mais de meio milhar de mortos ao longo do ano 2017 na estrada não nos impressiona; as causas encontradas prendem-se com:
De todas as substâncias que provocam dependência, o álcool presente em diversas bebidas alcoólicas, assume particular importância.
A problemática da sinistralidade rodoviária remete para uma complexidade que vai além do consumo de álcool, medicamentos e outras substâncias; contudo, sublinha-se a importância das bebidas alcoólicas, que implicam, além de problemas sociais e jurídicos, a intervenção clínica.
Continuam a existir dificuldades no tratamento deste tipo de doentes, não se sabendo muitas vezes o que fazer com eles e muitos são os colegas que confessam a sua incapacidade para os compreender e tratar. E aqueles que se interessam precisam de disponibilidade para escutar os sujeitos doentes, além de enfrentarem alguma hostilidade oriunda de vários intervenientes.
O candidato a dependente, não apenas de álcool, mas também de outras substâncias ou comportamentos, tem uma história desenvolvimental complexa, cheia de “falhas” perturbadoras da sua construção identitária. Pode dizer-se que o sujeito adoece na sua exagerada dependência do outro, sem se manifestar ou reivindicar a sua realização, reprimindo-se e isolando-se.