Tratar a estenose aórtica severa
por cirurgia cardíaca minimamente invasiva

O que é a estenose aórtica e quais são os seus sintomas
A válvula aórtica é uma das quatro válvulas do coração. Ela separa o ventrículo esquerdo da artéria aorta. Na contração cardíaca, a válvula aórtica abre-se e o sangue flui do ventrículo esquerdo para a artéria aorta e, depois para a circulação sistémica. De seguida, a válvula fecha e impede o refluxo de sangue no sentido oposto.
A estenose aórtica é uma das doenças mais comuns das válvulas do coração. Quando há uma estenose, ou aperto, a válvula aórtica não abre completamente, vai ficando cada vez mais estreita, o que impede o fluxo normal do sangue do ventrículo esquerdo para a artéria aorta, durante a contração ventricular.
A estenose aórtica é uma doença grave; se não for detetada atempadamente, pode ter um desfecho fatal. Os sintomas habituais são cansaço, dor no peito e desmaios. Esta doença afeta cerca de 32 mil portugueses, a maioria com mais de 70 anos, limitando as suas capacidades e diminuindo a qualidade de vida.
Como é feito o diagnóstico
Para o diagnóstico da estenose aórtica, contribui a auscultação, ecocardiografia e angio – TAC, seguindo-se, frequentemente, cateterismo cardíaco para completar o estudo, quando se considera que é necessário efetuar um tratamento invasivo.
Qual o tratamento da estenose aórtica
O tratamento da estenose aórtica passa pelo implante de uma nova válvula cardíaca, que pode ser feito por cirurgia convencional ou por tratamento percutâneo. A escolha do tratamento mais adequado a cada doente envolve uma equipa multidisciplinar, constituída por médicos de várias especialidades – cardiologia, cirurgia cardíaca, anestesiologia e medicina interna, em conjunto com o médico assistente do doente.
Cirurgia minimamente invasiva
Quando o tratamento mais indicado é a cirurgia cardíaca (a maior parte das vezes, pelos excelentes resultados, a longo prazo), a opção por abordagens minimamente invasivas está associada a internamentos mais curtos e a uma recuperação mais rápida. A abordagem cirúrgica via mini-esternotomia em “J” é efetuada através de uma incisão no tórax de seis a dez centímetros na linha média. A recuperação é habitualmente muito rápida, com possibilidade de alta ao fim de 3-4 dias, além de evitar eventuais complicações do procedimento tradicional, com esternotomia completa. Com a implementação desta técnica menos invasive, é possível melhorar a qualidade de vida e conforto, em particular, da população idosa mais afetada.
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